Sociedade PRM ainda sem pistas dos assassinos do juiz Dinis Silica

PRM ainda sem pistas dos assassinos do juiz Dinis Silica

Está a cada vez mais a ganhar corpo a versão de que foi o sindicato do crime organizado que assassinou, na semana passada, o juiz de Instrução criminal do Tribunal Judicial da cidade de Maputo (TJCM), Dinis Silica, próximo da 6a esquadra.

A Polícia da República de Moçambique veio, nesta terça-feira, através do porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, dizer que ainda não tem pistas dos indivíduos que balearam mortalmente o juiz, em plena via pública e à luz do dia.

Cossa, que falava no habitual encontro semanal com a comunicação social, referiu que a sua instituição está neste momento a intensificar as buscas com vista à localização dos autores do crime.

A propósito do debate criado sobre a versão policial da existência do dinheiro na viatura do juiz, Cossa reafirmou que o dinheiro estava na viatura. Mas a Polícia não conseguiu provar com imagens que, de facto, o dinheiro estava na viatura do juiz, aumentando assim os receios de que tenha sido a própria Polícia a introduzir o dinheiro dentro da viatura, do mesmo modo que se acredita que tenha sido um gang da Polícia ao serviço do crime organizado quem tenha assassinado o juiz.

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Pedro Cossa diz não entender as críticas que estão a ser feitas por algumas pessoas e alguns analistas, pelo facto de se ter divulgado o valor encontrado na viatura do juiz de instrução criminal da cidade de Maputo.

“Não percebemos as críticas que estão a ser feitas contra a Polícia só porque divulgámos o valor encontrado na viatura”, lamentou Pedro Cossa, para depois acrescentar: “ Este é um procedimento normal em que, por exemplo, quando a Polícia detém alguém, divulga tudo o que o indivíduo traz na altura, para que seja do domínio público, e só não revela os passos subsequentes para não atrapalhar o curso normal das investigações”. Sabe-se, entretanto, que o assassinato do juiz está a deixar nervosos vários sectores da Polícia.