Os cidadãos que foram surpreendidos pela polícia, na Maxixe, província de Inhambane, a transportarem armamento e que supostamente pertencem a Renamo, vão a julgamento “brevemente”.
A Informação foi avançada pelo Comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade da Maxixe, Joaquim de Nascimento, em declarações ao Canalmoz.
Segundo Joaquim Nascimento, a prisão dos supostos homens da Renamo já foi legalizada e a instrução preparatória, também já terminou. Entretanto, a Renamo ainda não reivindicou o material, nem os tais homens.
Segundo Nascimento, os homens armados foram neutralizados na zona de “Joacane”, quando estavam entrar na cidade da Maxixe, com 15 armas de fogo de tipo AKM e respectivas munições. Os homens e armas saíam de Chimio com destino à cidade da Maxixe.
“Eles estão detidos aqui na Maxixe. A Polícia de Investigação Criminal já terminou o seu trabalho. O Tribunal Judicial da Maxixe, deverá julgar este caso brevemente”, disse.
Situação no vizinho Homoíne
Já em Homoíne, distrito que viveu momentos de alvoroço a situação está “calma” segundo descreveu a Comandante Distrital da PRM, Joana da Glória. Disse que os casos de roubo “aqui ou homicídio acolá”, que têm vindo a acontecer, não são protagonizados pelos homens da Renamo.
Segundo a fonte, a situação está controlada em todo distrito de Homoíne. Uma parte da população voltou às suas casas. Outra parte continua em centros de deslocados ou em casa de familiares.
“Não posso precisar quantas pessoas já regressaram às suas casas. Mas garanto que uma boa parte já voltou. Dissemos às pessoas que as forças de Defesa e Segurança estão lá para os defender. Estamos a incentivar. Continuamos a dizer às pessoas para voltarem às suas residências e que serão apoiadas pelas forças de defesa e segurança”, disse.
Da Glória disse que as pessoas estão a voltar em Catine, Pembe, Chiguire. “As aulas estão a decorrer normalmente. O recenseamento também está em curso.
Refugiados em Marrengo e Pamuane
Alguns refugiados que saíram das zonas que eram tidas como críticas devido a movimentação de supostos homens armados em Homoíne ainda continuam a viver nas cabanas construídas nos bairros de Marrengo e Pamuane, nos arredores da vila de Homoíne.
Para quem sai da vila de Homoíne em direcção a Maxixe, na zona do Cruzamento, são visíveis casas e cabanas de deslocados que vivem em situação muito precária. As pessoas receiam o regresso, apesar dos apelos do governo local, devido a movimentação de militares e FIR, segundo contou ao Canalmoz, um deslocado de Catine, que prefere “esperar um pouco”.