Uma missão do Fundo Monetário Internacional que esteve a avaliar o desempenho económico do Governo, recomendou ao executivo a rectificar o Orçamente de Estado de 2014 para acomodar as despesas inerentes ao novo pacote eleitoral, que dentre vários aspectos altera a composição de Órgãos Eleitorais, nomeadamente, Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
O FMI tem estado a aconselhar o Governo de Moçambique, a adoptar as melhores políticas económicas de modo a garantir a estabilidade macroeconómica no País através de um programa, designado Instrumento de Apoio a Politicas (PSI) que recentemente enviou uma equipa para o nosso País para fazer a avaliação do desempenho.
A missão constatou que existe um grande défice no orçamente de estado deste ano, devido ao agravamento de linha de financiamento ao processo eleitoral, recentemente aprovado, para além da necessidade de se efectuar o reembolso do IVA às empresas, algo que o Governo tem vindo a adiar há bastante tempo. Existem também projectos por concluir deixados pelo programa Millennium Challenge Account (MCA), em que o governo passou a não ser elegível para financiamento.
Em relação ao valor adicionado ao orçamento o ministro das Finanças, Manuel Chang disse “nós ainda estamos a fazer a avaliação do montante necessário, aquilo que acertamos com a missão do FMI é que há necessidade da revisão orçamental e vimos também quais são as rubricas que devem ser contempladas, mas dentro de pouco tempo podemos dizer qual é o valor necessário”.
A equipa do corpo técnico do FMI, liderado por Doris Ross, visitou Moçambique entre os dias 26 de Fevereiro a 13 de Março.