O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, apelou na cidade de Nampula, norte de Moçambique, aos partidos Frelimo e Renamo para deixarem de usar o povo como uma mera ferramenta para a satisfação de interesses privados.
Falando no aeroporto de Nampula, o presidente do segundo maior partido da oposição em Moçambique apelou “a Renamo e a Frelimo para deixarem de matar os nossos concidadãos porque ninguém deve ser morto por razões político-militares. As lideranças da Frelimo e da Renamo não podem usar o povo como ferramenta para atingirem os seus interesses privados”.
Daviz Simango trabalhou em Nampula no último fim-de-semana no âmbito da preparação das bases do seu partido em vista às eleições de Outubro próximo.
Com efeito, instado a pronunciar-se sobre o “ressurgimento” da Renamo em actividades políticas, Daviz Simango mostrou-se despreocupado e disse “esse partido (MDM) trabalha dia e noite e trabalha com vários adversários políticos. Qualquer adversário que entra no jogo é natural que o MDM olha para ele como também, igual, aos outros adversários políticos. Nós, também, não temos adversários políticos de pesos pesados, são todos iguais”.
Recepção heróica e tentativa de boicote
Daviz Simango foi recebido com pompas e circunstâncias em Nampula. No aeroporto internacional de Nampula uma moldura humana o aguardava do lado de fora, pois foram impedidos de recebê-lo dentro do aeroporto tal que acontece quando dirigentes da Frelimo chegam naquela autarquia.
Na sala VIP do aeroporto de Nampula onde o líder do MDM falou a imprensa os agentes em serviço tentaram boicotar a entrevista e, foram instruídos para fomentar barulho por via de uma televisão ligada na sala com o intuito de as declarações de Daviz Simango serem captadas com ruído pela imprensa.
Cânticos e cartazes agradecendo ao MDM e ao Daviz Simango estavam espalhados pelas ruas de Nampula e, segundo apurou o Canalmoz, a iniciativa foi da inteira responsabilidade dos munícipes locais.