Sociedade Segurança Novo ataque a coluna faz cinco feridos graves em Muxúnguè

Novo ataque a coluna faz cinco feridos graves em Muxúnguè

Um autocarro de passageiros da empresa Etrago foi “fortemente metralhado”, quando a coluna de viaturas foi parada a tiros na zona de Chimutanda, a 15 quilómetros da vila de Muxúnguè, uma área pouco habitual para este tipo de ataques, e não distante de uma posição do exército.

“Hoje de manhã, houve um massacre na zona de Chimutanda, onde houve um ataque ou emboscada com ferimentos de passageiros inocentes”, disse à Lusa, por telefone, um morador local.

“Foi atacada a coluna de carros e um machimbombo (autocarro de passageiros) onde saíram cinco feridos graves”, precisou José Luís, pároco de Muxúnguè, manifestando-se “preocupado com a situação” na região.

Uma fonte médica confirmou à Lusa a entrada de feridos graves, atingidos por projéteis, no hospital Rural de Muxúnguè, o que assiste o maior número de vítimas, supostamente de homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).

A Agência de Informação de Moçambique (AIM), citando populares, noticiou que o ataque causou um morto e cinco feridos.

Este é o terceiro ataque reportado este ano na região, depois dos dois terem feito um morto e 13 feridos, a 01 e 07 de janeiro corrente, quando o exército e homens armados, que abriram uma segunda trincheira na estrada nacional um (N1), a principal do pais, se confrontaram no rio Ripembe.

Já esta semana, a sul na província de Inhambane homens armados e identificados com a Renamo atacaram no distrito de Funhalouro, tendo matado um agente da polícia.

Os ataques iniciados em abril, em protesto contra a “ditadura implantada” pelo Governo e a falta de consenso sobre a lei eleitoral, levaram o país a viver o pior momento de tensão político-militar após a assinatura do Acordo de Paz, em 1992, que pôs fim a guerra civil dos 16 anos, entre o governo e a Renamo.