O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) não concorda com a decisão do Conselho Constitucional (CC) de anular a votação, e defende que no lugar de apenas invalidar os resultados proclamados pelos órgãos eleitorais, devia declarar o MDM vencedor do processo, porque aquele partido entregou todos os editais que provam a sua vitória e do seu candidato.
José de Sousa, mandatário da candidatura do MDM para o processo de 20 de Novembro passado, disse que o argumento de extemporaneidade levantado pelo CC não faz sentido porque os órgãos eleitorais a nível da província da Zambézia tiveram a reclamação dentro do prazo e simplesmente rejeitaram-na alegando o princípio de impugnação prévia.
Mesmo sabendo que as decisões do Conselho Constitucional são irrecorríveis, o MDM diz-se inconformado com a deliberação e acusa o CC de falta de coragem em declarar a derrota da Frelimo e a vitória do partido do “galo”.
Por sua vez, o partido Frelimo, através do seu antigo porta-voz, Edson Macuácua, diz “respeitar” a decisão do Constitucional. “As decisões do Constitucional não são passíveis de recurso e nós respeitamos a decisão tomada pelos juízes”, disse Edson Macuácua afirmando que o partido vai preparar-se para a repetição do processo.