O presidente do Partido de Liberdade de Moçambique (PLD), Caetano Fabile, anunciou ontem que a formação política que dirige não vai participar nas eleições autárquicas de Novembro próximo, alegando não haver “um ambiente político favorável”.
O PLD é um partido político sem presença no parlamento e agora faz parte do grupo denominado Oposição de Mãos Dadas liderado por Francisco Campira, que recentemente interpôs recursos ao Conselho Constitucional a requerer a declaração de nulidade da deliberação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) cuja decisão acabava com as dúvidas sobre a legalidade ou não da CNE, levantada pelo Professor Gilles Cistac. O CC não julgou o recurso da OMD alegando que foi submetido fora do tempo (recurso intempestivo).
Em contacto com o Canalmoz, Caetano Fobile apontou a “ilegalidade da Comissão Nacional de Eleições”, “instabilidade político-militar no centro do País”, a “falta de acordo político entre a Renamo e a Frelimo” e a “instalação de mais de treze quartéis das forças de defesa e segurança nas proximidades da residência do líder da Renamo”, como as principais causas que levam o PLD a desistir de concorrer às eleições.
“Não há campo favorável para a participação nas eleições. A composição da Comissão Nacional de Eleições não está completa. Apelamos ao Conselho Constitucional para que declare nulas as deliberações tomadas por indivíduos que actualmente se fazem passar por membros da CNE”, disse.
O apelo do PLD é extensivo ao chefe de Estado, Armando Guebuza, no sentido de evitar as consequências desastrosas que podem advir por falta de vontade política de acatar com as exigências apresentadas pela Renamo nas negociações com o governo.
Neste fim-de-semana, Caetano vai trabalhar na zona norte do País onde deverá explicar aos seus membros as razões de não participação no pleito eleitora. Na semana passada, trabalhou em Chókwè, Xai-Xai e Maxixe.