A direcção do Hospital de Chimoio (HPC), Manica, confirmou ontem (terça-feira) a entrada de um militar morto e quatro feridos, negando que tenham vindo de Muxúnguè (Sofala), palco de confrontos entre o exército e ex-guerrilheiros da Renamo, no último fim de semana.
Em contacto com os jornalistas, Jorge Vicente, cirurgião no HPC, disse que, dos militares ali internados, um foi baleado numa briga com um guarda prisional e outros ficaram feridos num acidente de viação. Um dos feridos, supostamente baleado na mandíbula, terá sido transferido para o Hospital Central da Beira.
“Um foi operado bem, tinha lesão grave de fígado, com destruição do globo esquerdo. Até amanhã (quarta-feira) estará fora dos cuidados intensivos”, disse Jorge Vicente, à saída da sala de reanimação, sublinhando que o militar não era proveniente de Muxúnguè.
Os militares terão dado entrada na HPC entre sábado e madrugada de domingo.
Ontem, em Maputo, a Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, reivindicou a morte de 36 militares e polícias das forças de defesa e segurança moçambicanas, a 10 e 11 de Agosto, numa “acção de autodefesa”, no centro de Moçambique.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) desmentiu no mesmo dia a reivindicação da Renamo.
“O processo de troca de tiros, não foi protagonizado por cerca de 250 homens fortemente armados como a Renamo quis dizer, foi durante uma patrulha móvel, nossa, que visualizou indivíduos armados em sua direcção, o que resultou neste processo”, disse Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da PRM, citado pela Agência de Informação de Moçambique.