Destaque Família Macia frustrada com “esquemas” da defesa

Família Macia frustrada com “esquemas” da defesa

Representada pelo advogado José Nascimento, constituído pelo Estado moçambicano para  defender em sede de julgamento a família, queixa-se da demora no desfecho do caso, tudo porque os advogados dos nove polícias continuam firmes nos seus esquemas com vista a impedir que o procurador December Mtimunye apresente as conclusões das investigações sobre o envolvimento dos agentes no crime. Uma vez apresentado ao Tribunal de Benoni, o relatório do Ministério Público será encaminhado para o Tribunal Supremo, de modo a marcar a data e dar início ao julgamento dos implicados.

Pela segunda vez consecutiva, os três advogados apresentaram novo requerimento para que seja reavaliado o pedido de liberdade condicional mediante pagamento de caução, isto depois de rejeitados outros pedidos pelo Tribunal de Benoni e depois o Supremo, que manteve a posição anterior julgando não haver condições para o efeito.

“É a segunda vez que eles (advogados) fazem isto. Para nós é frustrante e para o Governo sul-africano é dispendioso na medida em que tem uma grande logística a fazer em termos de transporte dos arguidos da cadeia para o tribunal e vice-versa” – disse José Nascimento, causídico da família.

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Os três advogados dos nove polícias são apontados ainda pelo Ministério Publico sul-africano como estando a engendrar manobras com vista a retardar cada vez mais o julgamento. Os referidos esquemas passam pela inviabilização da apresentação das provas finais produzidas pelo Procurador do caso, December Mtimunye, sobre a participação e o papel de cada um dos nove agentes na tortura física submetida ao taxista até encontrar a morte.

Outra das preocupações da família Macia está relacionada com a demora no desfecho do caso do pagamento da indemnização. Este processo está a ser resolvido fora da justiça, mas se mostra bastante atrasado.

A audiência do “caso Mido Macia” será retomada no próximo dia 13 de Agosto. Esta data foi marcada a pedido dos advogados, que pretendem ter mais tempo para esboçar o referido pedido para que os polícias saiam em liberdade sob pagamento de caução até ao final do julgamento.

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