É uma verdadeira caça às bruxas. A maioria dos profissionais de saúde afectos à província de Maputo e que aderiu à greve do sector da saúde está a ser vítima de uma campanha de processos disciplinares, o que consubstancia em perseguição e ajuste de contas por parte de um Governo que se diz democrático. Na província de Maputo instaurou-se 144 processos disciplinares contra o pessoal dos Serviços de Saúde que aderiu à greve dos médicos e outro pessoal de saúde que recentemente teve lugar em todo o País durante um mês, exigindo aumentos salariais e outras condições laborais.
A directora provincial de Saúde de Maputo, Cremilde Anli, informou nesta terça-feira no decurso da XIII sessão ordinária do Governo da Província de Maputo que teve lugar na cidade da Matola, sobre o ponto de situação dos processos disciplinares instaurados aos profissionais de Saúde que aderiram à paralisação das actividades.
Cremilda Anli disse, na ocasião, que no distrito de Boane foram instaurados 10 processos, na cidade da Matola 3, no Hospital Geral da Machava 133 e no distrito de Marracuene 1 processo disciplinar.
Segundo explicou a directora provincial de Saúde de Maputo, alguns desses processos já foram encerrados, outros estão na fase de produção de relatórios finais mediante a entrega das respectivas defesas, enquanto outros aguardam a acusação, dado que os arguidos ainda não foram ouvidos.
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