Os técnicos de laboratório e análises clínicas tal como os enfermeiros dizem que não irão aderir a greve geral convocada pela Comissão de Profissionais de Saúde Unidos (CPSU), apesar de terem sido contactados para esse efeito.
Olga Matavele e Samuel Guilengue, presidentes das associações dos Enfermeiros de Moçambique e dos Técnicos de Laboratório de Analises Clinicas, respectivamente, chamaram, esta quinta-feira, a imprensa para manifestarem o seu “não a paralisação total” das suas actividades.
A Comissão de Profissionais de Saúde Unidos (CPSU) anunciou uma greve geral no sector a ter lugar a partir da próxima segunda-feira.
Citado pela nossa fonte, Guilengue reconheceu que existem problemas sérios de salários e outras condições de trabalho, mas garante que a paralisação laboral não é a melhor via e, por esta razão, a classe de que faz parte não aderirá ao movimento grevista.
“O nosso grupo é ainda novo e penso que em momento oportuno irá se aproximar da direcção para negociar a melhoria das condições não só salariais como também outros aspectos que afligem os nossos membros no seu dia-a-dia”, explicou.
Guilengue disse que a paralisação laboral vai afectar o seu departamento tendo em conta que os pacientes terão apenas acesso a testes e análises sem direito a qualquer prescrição ou intervenção médica.
Por seu turno, Olga Matavele disse que a ANEMO não vai aderir a greve porque não reconhece a entidade que está a organizar.
“Tomamos conhecimento da greve quarta-feira através de um documento vindo da Associação Médica de Moçambique e outro da associação. Depois de analisado o ofício apercebemo-nos de que as pessoas que assinam o documento não têm legitimidade para convocarem a greve”, disse Matavele.
Matavele ressalvou que não pretende dar a entender que a classe está satisfeita com o reajustamento salarial feito pelo Governo, mas acha que a paralisação não e a melhor via para resolver o problema.
RM