Disseram à nossa Reportagem que vários foram os planos traçados a contar com o dinheiro quase que garantido para, uma vez no solo pátrio virem-se privados do mesmo.
Nazare Mula é mineiro da companhia mineira Kloof em CarltonVille desde 1992. Com residência em Xai-Xai, encontra-se no país desde quinta-feira e conta que desde esse dia fez-se a TEBA onde na companhia de muitos concidadãos que de pontos mais distantes vieram a Maputo em busca dos seus direitos viu gorada a expectativa de receber o valor em causa.
“Estou aqui desde quinta-feira mas não há maneira de me pagarem. Nesta situação estão dezenas de pessoas, outras vindas de Chimoio. O pior é que não nos é pago o valor que contávamos receber desde a nossa partida da África do Sul”, disse.
Na mesma situação de Mula estavam dezenas de pessoas. Humberto Muiambo reclama o facto de serem descontados dinheiro correspondente a seis meses para, uma vez já no território moçambicano serem “humilhados” para reaverem o que é deles por direito.
“Temos informação de que o dinheiro foi enviado para Moçambique mas uma vez na nossa pátria somos maltratados por pessoas que dificultam tudo. Não sabemos porque razão. A ideia é não sairmos mais daqui senão nos entregarem o dinheiro e queremos falar com os responsáveis”, disse.
Soubemos no local que num período de menos de dois anos tem se registado a interrupção dos pagamentos dos mineiros por razões pouco claras, segundo os visados.
Entretanto, a nossa Reportagem ouviu a secretária permanente do Ministério de Trabalho, Marta Maté que disse tratar-se de um problema de natureza burocrática e que até ao princípio da tarde de ontem o Banco de Moçambique já teria feito a transferência do dinheiro para a conta daquela instituição.
“Houve demora na transferência do dinheiro da África do Sul para Maputo, por razões meramente burocráticas. Mas, o Banco de Moçambique já transferiu o dinheiro para a nossa conta “, disse.
Reconheceu o facto de ter havido paralisação mas prometeu que o pagamento poderia ser retomado ainda na tarde de ontem.
A nossa Reportagem ouviu o delegado regional da TEBA, José Miguel Carimo que confirmou o reinício dos pagamentos e o regresso da calma naquelas instalações.