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Em busca de uma saída para a greve: Saúde e médicos aproximam posições

O Ministério da Saúde e a Associação Médica de Moçambique (AMM) ensaiaram ontem, em Maputo, uma primeira aproximação de posições desde o início da greve que aqueles profissionais observam desde segunda-feira.
Em busca de uma saída para a greve: Saúde e médicos aproximam posições

Martinho Djedje, director dos Recursos Humanos e porta-voz do MISAU, não entrou em detalhes, sobre o que produziu o encontro de ontem, mas disse que as partes tentaram, na ocasião, solucionar os pontos de divergências, principalmente no que tange ao aumento salarial dos médicos.

As conversações havidas aconteceram numa altura em que a AMM reporta que cerca de 90 por cento dos seus associados, ou seja, 987 médicos e 137 estagiários, aderiram à paralisação do atendimento aos doentes no primeiro dia.

Entretanto, o porta-voz do MISAU disse que o cenário tende a melhorar.

“Há uma tendência paulatina de os médicos voltarem ao sistema. Comparando ontem (segunda-feira) e hoje (ontem), notamos que a situação não piorou, pelo contrário vemos sinais de superação, embora ínfimos”, apontou.

Falando ao nosso Jornal, Martinho Djedje acrescentou que, todavia, a instituição responsável pela Saúde está preocupada com a paralisação das actividades por parte dos médicos e neste momento encontra-se à procura de alternativas possíveis visando uma rápida solução do problema.

É naquele sentido que o MISAU chamou ontem os membros de Direcção da Associação Médica de Moçambique para ambas partes discutirem os mecanismos que possam conduzir a uma breve resolução do que ainda constitui pomo de discórdia entre as partes.

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No segundo dia da greve, ao nível da cidade de Maputo, os médicos filiados na AMM estiveram ontem a fazer limpeza na praia da Costa do Sol.

Em declarações à Imprensa, o porta-voz da associação, Paulo Samo Gudo, explicou que o trabalho faz parte da saúde comunitária e visa evitar a eclosão de doenças que possam levar os cidadãos aos hospitais.
Dados oficiais avançados na cidade de Maputo indicam que 32 médicos faltaram ontem em diversas unidades sanitárias nas quais trabalham.

A médica-chefe da capital, Alice de Abreu, precisou que daquele universo 11 são do Hospital Geral José Macamo, seis de Mavalane e dois do Psiquiátrico de Infulene. Mesmo assim, ressalvou que todas as unidades sob tutela da Direcção da Saúde estavam “a funcionar em pleno”.

Na ronda efectuada pelo município da Matola apurámos que nenhum dos médicos afectos aos centros de Saúde da cidade da Matola, Matola 2 e Machava 2 apresentou-se ontem.

Três dos 16 médicos que faltaram na segunda-feira em Sofala retomaram ontem e em Nampula, Cabo Delgado e Niassa a situação mantinha-se, com todos aqueles quadros no activo.