Esta posição da Renamo surge depois da sua equipa negocial não ter se feito presente no encontro agendado com o Governo para o passado dia 24 de Dezembro último na capital do país.
Para Afonso Dhlakama, o seu partido não está para admitir “brincadeiras” do Governo e a sua comissão só volta às negociações na presença do secretário executivo da SADC, Tomás Salomão.
O presidente da Renamo admitiu, entretanto, que o seu partido poderá voltar a sentar-se com o Governo mediante uma agenda proposta pelo próprio Governo, agenda essa que, de acordo com Dhlakama, tem de ir ao encontro de uma construção de um Estado de Direito.
“Se o Governo da Frelimo reconhecer o seu erro e recuar, passando por desenhar estratégias sérias para a construção de uma unidade nacional no seu verdadeiro sentido, que incluiria uma divisão equitativa de riquezas, então terá que apresentar a sua proposta de agenda e as próximas negociações deverão contar com Tomaz Salomão, não como membro da Frelimo, mas, sim, como representante da SADC. Estas mesmas negociações deverão contar ainda com a mediação da União Africana, das Nações Unidas e ainda da União Europeia”.