Politica Dhlakama exige interveção da SADC e União Africana

Dhlakama exige interveção da SADC e União Africana

O Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, condiciona o prosseguimento do diálogo político entre o Governo e o seu partido à presença de organismos regionais e internacionais, como é o caso da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), União Africana (UA) e União Europeia (UE).
Dhlakama exige interveção da SADC e União Africana

Falando a alguma Imprensa nacional, Afonso Dhlakama só aventa uma hipótese para a Renamo continuar na mesa de conversações com o Executivo: intervenções de organismos regionais e internacionais, como são os casos da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), da União Africana (UA) e da União Europeia (UE). “Eu é que sou o chefe e já decidi. Não sou ditador, mas este posicionamento tem que ver com as opiniões e ideias dos membros do meu partido. Estas coisas do Manuel  Bissopo (chefe das negociações e secretário-geral da Renamo) estar a tomar café com José Pacheco (chefe das negociações por parte do Governo) e tentarem entreter-nos e gozar connosco, acabou! Ponto final.”

Esta posição da Renamo surge depois da sua equipa negocial não ter se feito presente no encontro agendado com o Governo para o passado dia 24 de Dezembro último na capital do país.

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Para Afonso Dhlakama, o seu partido não está para admitir “brincadeiras” do Governo e a sua comissão só volta  às negociações na presença do secretário executivo da SADC, Tomás Salomão.

O presidente da Renamo admitiu, entretanto, que o seu partido poderá voltar a sentar-se com o Governo mediante uma agenda proposta pelo próprio Governo, agenda essa que, de acordo com Dhlakama, tem de ir ao encontro de uma construção de um Estado de Direito.

“Se o Governo da  Frelimo reconhecer o seu erro e recuar, passando por desenhar estratégias sérias para a construção de uma unidade nacional no seu verdadeiro sentido, que incluiria uma divisão equitativa de riquezas, então terá que apresentar a sua proposta de agenda e as próximas negociações deverão contar com Tomaz Salomão, não como membro da Frelimo, mas, sim, como representante da SADC. Estas mesmas negociações deverão contar ainda com a mediação da União Africana, das Nações Unidas e ainda da  União Europeia”.