Politica Renamo convoca quadros para Gorongosa

Renamo convoca quadros para Gorongosa

Uma delegação de mais de 150 quadros da Renamo, entre civis e ex-militares provenientes de quase todas as regiões do País, está a caminho do quartel militar de Gorongosa onde vai encontrar-se com o presidente Afonso Dhlakama.

Renamo convoca quadros para Gorongosa
O assessor político do presidente da Renamo e delegado daquele partido na região sul do País, Rahil Khan, que é igualmente um dos integrantes da comitiva que deixou este domingo Maputo com destino à Gorongosa, confirmou a nossa fonte a informação, sem adiantar mais pormenores.

`Estamos, sim, a caminho de Gorongosa. São todos os quadros da Renamo e outros membros idos de todo o País, que estão a caminho de Gorongosa tirando os que estão nas negociações com o Governo´, disse Rahil Khan, na tarde deste domingo, sem entrar mais em detalhes.

A Renamo deverá reunir os seus quadros a partir desta terça-feira em Gorongosa, para analisar os contornos das negociações com o executivo, que nesta segunda-feira entram na terceira ronda.

Não se sabe o que o encontro de Gorongosa vai produzir como decisão a tomar perante o descontentamento dos membros da Renamo acerca das negociações.

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O secretário-geral da Renamo manifestou-se agastado na semana passada, no final da segunda ronda das negociações que acabou em impasse devido ao facto de o Governo ter submetido a Renamo à Assembleia da República na resolução da questão relacionada com a composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Nesta segunda-feira o Governo e a Renamo voltam a sentar-se à mesma mesa para discutirem a opinião da `perdiz´ acerca da Despartidarização do Aparelho do Estado.

Ocorre que o partido Renamo apresentou em cima da mesa seis pontos que pretende negociar, nomeadamente o Acordo Geral de Paz (AGP) assinado em 1992 na capital italiana, Roma, Defesa e Segurança, Questões Económicas, formação do Governo de transição (dissolução do Governo e do parlamento) e Despartidarização das instituições do Estado.