Desporto MICA compra campo do Desportivo 143.568.000,00 meticais

MICA compra campo do Desportivo 143.568.000,00 meticais

MICA compra campo do Desportivo 143.568.000,00 meticais
A novela sobre a venda do campo do Grupo de Desportivo de Maputo chegou ao seu epílogo. O Premier Grupo Mica pagou 143.568.000,00 meticais pelo campo dos alvi-negros. Contudo, ainda não há dados sobre o espaço onde irá a nascer a infra-estrutura desportiva que acompanhará o clube que viu nascer Lurdes Mutola na divisão de honra

O negócio, de acordo com um dirigente que pediu para não ser citado, foi fechado ao longo desta semana. Contudo, o valor só passou a reflectir na conta do clube nas primeiras horas desta quarta-feira. A operação acontece numa altura em que o coro de vozes pedindo a demissão da actual direcção sobe de tom. Por outro lado, para fugir aos impostos o Grupo Desportivo de Maputo tem de comprar um campo até 31 de Dezembro.

Podem sobrar 121 milhões de meticais

A apreensão em relação ao destino que será dado ao valor chegou as redes sociais, sobretudo pelo facto de um clube ter contraído uma dívida com pessoas ligadas à direcção. O montante que deve, em alguma altura, ser devolvido aos credores é de 22.668.624,00 meticais. No relatório de contas o maior credor é apresentado como Colinas do Maxaquene e terá de receber 15.997.640 meticais. Óscar Poul, vice-presidente do clube, terá de receber 3.772.718 meticais. Ao BIM-Descoberto, segundo o relatório, caberá 1.966.726. Michel e António Grispos também devem receber 690.300 e 241.240 meticais, respectivamente.

No entanto, o documento é referente aos anos 2006, 2007, 2008 e 2009. Portanto, o valor em divida pode ter crescido ou até reduzido. Até porque não existem dados em relação aos últimos anos. Por outro lado, o documento não faz referência aos credores porque os “valores foram todos reembolsados ou os saldos em dívida estão abaixo dos 100.000 meticais”.

Recomendado para si:  Cultivo ilícito de cannabis sativa descoberto em Quelimane

Importa, também, referir que o relatório de contas afirma que “diversas vezes foram perdidos os dados contabilísticos no sistema de contabilidade instalado (com apoio do BIM)” o qual “acabou ficando inacessível devido aos efeitos do vírus”. Adverte, por outro lado, que “a área financeira funciona apenas com uma pessoa para todas tarefas (…) com o agravante de que o funcionário tem muitas deficiências técnicas, sendo incapaz de assegurar todos registos e relatórios para a gestão financeira eficaz”.

Receitas e custos

No período em apreço no relatório o GDM teve de receitas 44.738.999 meticais. 13.438.788 foram arrecadados por via de receitas próprias correntes. No que diz respeito aos patrocínios o clube arrecadou 21.995.579 meticais. Quanto à transferências de jogadores o valor que foi aos cofres do GDM quedou-se em 6.574.675 meticais. Os donativos ficaram aquém dos três milhões de meticais. Contudo, o relatório de contas revela uma despesa na ordem 65.591.911 meticais.

Depois da trágica descida de divisão o GDM marcou uma conferência de imprensa para anunciar a Assembleia-geral do clube. A data ainda não foi anunciada, mas, sabe-se, será uma batalha campal. Aliás, as alas já se começaram a movimentar. Aguardemos