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Má aplicação do dinheiro proveniente das multas inquieta Polícia de Trânsito em Nampula

Má aplicação do dinheiro proveniente das multas inquieta Polícia de Trânsito em Nampula

Alguns agentes da Polícia de Trânsito (PT) na província de Nampula queixam-se da alega má aplicação, por parte do chefe do Departamento da Polícia de Trânsito local, do dinheiro proveniente das multas cobradas a vários infractores do Código da Estrada e demais irregularidades na via pública.

Eles exigem a quem de direito que investigue o chefe daquele departamento no sentido de se esclarecer alguns procedimentos não claros no acto de emissão das notas aviso para o pagamento de multas aos infractores, por exemplo.

Aqueles policiais encarregues de fiscalizar as rodovias exigem, também, saber do Departamento da Polícia de Trânsito em Nampula o destino que é dado aos 10 meticais diários cobrados aos cidadãos que usam as instalações do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) como parque de estacionamento de viaturas.

Para manifestar a sua preocupação, os policiais endereçaram uma carta ao Gabinete de Combate à Corrupção, na qual expõem o assunto e apresentam como culpado o chefe daquele departamento, Francisco Raúl Simões. Acusam-no igualmente de se aproveitar indevidamente do dinheiro que devia ir para o erário público.

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A nossa reportagem contactou o visado para se pronunciar a respeito das acusações que pesam sobre si. Ele não negou nem aceitou que tal situação esteja a ocorrer. Limitou se apenas a afirmar que desconhecia as reais motivações dessas denúncias. “Não é hoje que estou nesta cadeira e há quem não gosta disso”, disse.

Francisco Simões é ainda acusado de exigir dos chefes de alguns postos da Polícia de Trânsitos valores mensais que variam de seis a dez mil meticais como forma de se manterem nos cargos.

Refira-se que estas denúncias acontecem numa altura em que o Procurador-Geral da República, Augusto Paulino, tem uma visita de trabalho para Nampula, esta semana, a qual contempla uma passagem pelo Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de modo a se inteirar do seu funcionamento.