Economia Finlândia abandona projectos e reduz apoios a Moçambique

Finlândia abandona projectos e reduz apoios a Moçambique

Finlândia abandona projectos e reduz apoios a Moçambique
A Finlândia vai cessar o apoio ao sector florestal moçambicano, devido ao “uso indevido de fundos”, e reduzir a ajuda ao Orçamento estatal, por estar “desapontada” com os resultados do combate à pobreza”, disse hoje (quinta-feira) o embaixador finlandês.  

Em resposta à Lusa em Maputo sobre as informações veiculadas pela imprensa moçambicana a dar conta da insatisfação do Governo finlandês com os resultados da cooperação com Moçambique, Kääriäinen Matti afirmou que Helsínquia decidiu
abandonar o apoio ao sector das florestas e reduzir, a partir de 2014, a ajuda ao Orçamento Geral do Estado (OGE), “devido aos resultados desapontantes na redução da pobreza e na governação”.

A decisão do Governo finlandês foi comunicada em Outubro às autoridades moçambicanas pela ministra para o Desenvolvimento Internacional, Heidi Hautala, durante a visita que efectuou a Moçambique.

“No sector florestal, o projecto bilateral será interrompido, devido ao detectado uso indevido de fundos, excepto para a cooperação institucional em pesquisa florestal”, afirmou Kääriäinen Matti, com base num comunicado anunciando a medida.

O embaixador declarou ainda que o executivo finlandês vai diminuir anualmente o apoio ao OGE a partir de 2014, para 128.050 milhões de Kwanzas(1.280.500 dólares), devido aos fracos progressos no combate à corrupção e melhoria da governação.

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Para o OGE deste ano, a Finlândia desembolsou 896.350 milhões de Kwanzas (sete  milhões de dólares), refere a embaixada finlandesa em Maputo.  

“A Finlândia sente que os desvios de fundos podem ter um carácter sistemático e não necessariamente limitado ao mencionado sector florestal. Para a decisão futura, aguardamos pelos resultados da avaliação contínua do orçamento”, enfatizou o diplomata finlandês.

Realçando que Moçambique ainda está entre os países mais pobres do mundo, a Finlândia exortou o Governo moçambicano a potenciar as receitas provenientes dos recursos naturais na redução da dependência em relação à ajuda externa e a repartir esses ganhos pela população.