Sociedade Educação Faltas marcam arranque dos Exames finais do ensino geral

Faltas marcam arranque dos Exames finais do ensino geral

Um elevado número de faltas foi registado em todos os centros instalados para a realização dos exames finais do Ensino Geral, em curso desde segunda-feira no país, com Maputo e Manica a apresentarem mais ausências.

Faltas marcam arranque dos Exames finais do ensino geral
Mesmo sem especificar a quantidade de faltas nos 548 centros criados, Jafete Mabote, do Conselho Nacional de Certificação e Exames no Ministério da Educação (MINED), afirmou que o fenómeno é preocupante, daí se procurarem as causas.
A cidade de Maputo registou 1016 faltas na prova de Português da 10ª classe, num total de 22.271 alunos que tinham sido inscritos para esta avaliação. Ainda na capital do país foram contabilizadas 1093 ausências para o exame da mesma disciplina na 12ª classe.
A província de Manica aparece como segunda neste ranking, com 859 faltas, de um total de 10.145 candidatos inscritos para a prova de Português da 10ª classe e 448 ausências de um universo de 4299 na 12ª classe para a prova de mesma disciplina.
Jafete Mabote afirmou que estes são os exemplos mais alarmantes que foram registados pelos centros de exames instalados em todas as províncias do país, com o agravante de, na maioria dos casos, não terem sido apresentadas justificações para estas faltas.
`As faltas são até então o único problema registado no presente processo de exames e neste momento estamos a trabalhar para perceber o que estará por detrás deste elevado número de ausências´, referiu Mabote.
Para tal estão a ser levantadas várias hipóteses, desde a possibilidade de as escolas não terem tido tempo de preparar correctamente as pautas, seleccionar os dispensados e excluídos, como também pode se tratar de alunos do curso nocturno, na sua maioria trabalhadores do sector privado, que não tenham conseguido licenças para prestar provas.
`São ainda especulações, mas queremos saber o que é que terá provocado a ocorrência de ausências. Mais preocupante ainda é o facto de terem sido registados poucos casos de alunos impedidos de entrar na sala por terem se atrasado´, acrescentou Mabote.
Sustentou a sua afirmação apontando a província de Sofala, que registou 80 faltas nas primeiras provas. Deste número, apenas 21 alunos é que não fizeram a prova por atraso e os restantes foram por outras razões previamente justificadas.
Em relação às provas de ontem, Inglês e Química, em ambas classes não foram registadas falhas que pudessem comprometer o processo de avaliação, salvo alguns casos de atraso mas ainda no período de tolerância.
Olga Samuel Sitoe, directora de Escola Secundária da Lhanguene, na cidade de Maputo, afirmou que até à realização da última prova não foi registado qualquer sobressalto, daí poder se considerar o processo tranquilo.
Mesma posição foi apresentada pela directora da Escola Secundária Noroeste 1, Beatriz Ubisse, ao afirmar que no geral o processo está a ser tranquilo, porque todos os alunos tiveram oportunidade de apresentar todas as suas reclamações.
Entretanto, a nossa fonte testemunhou o caso de estudantes que no início das provas da tarde ainda consultavam as listas para conhecer as suas salas, os respectivos júris, ou mesmo para saber se tinham dispensado ou então excluídos dos exames.

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