Sociedade Educação Director pedagógico em Nampula acusado de vender notas aos alunos

Director pedagógico em Nampula acusado de vender notas aos alunos

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Cipriano Máquina, director-adjunto pedagógico da Escola Secundária de Nampaco, localizada no bairro com o mesmo nome, arredores da cidade de Nampula, é acusado pelos professores e alunos de venda de notas aos educandos da 10ª e 12ª classes.

Este aproveita-se do seu cargo que o permite proceder ao lançamento de notas finais dos alunos a um sistema electrónico localmente em uso para depois mandá-las à Direcção Provincial da Educação e Cultura.

Aí aproveita adulterar as notas que lhe são enviados pelos professores, estes que durante todo o tempo lectivo estão em contacto permanente com os alunos e sabem quem realmente deve ou não passar de classe.

Neste processo, os estudantes aflitos por causa do baixo nível de aproveitamento pedagógico contactam directamente Cipriano Máquina. Este cobra três mil meticais para supostamente garantir a sua admissão aos exames finais. Nestes, os que quiserem passar de classe mas com a sua ajuda pagam sete mil meticais.

Alguns professores contactados pela nossa reportagem, cuja identidade não é revelada por precaução de possíveis represálias, manifestaram-se agastados com a situação porque no seu entender dilui qualquer esforço no sentido garantir uma boa prestação dos alunos e, consequentemente, melhorar a qualidade do ensino. O aluno já tem em mente que pode comprar notas para passar de classe.

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Um dos estudantes de algumas turmas da 12ª classe, também afirmou o director-adjunto pedagógico da Escola Secundária de Nampaco faz cobranças com promessas de atribuir notas mas depois não honra a sua palavra.

Outra aluna da 10ª classe disse que dez colegas suas, incluindo ela, também foi vítima de Cipriano Máquina. Aliás, apuramos ainda que algumas alunas envolveram-se sexualmente com ele porque não tinham o valor exigido.

Um estudante confessou ter dispensado, algumas vezes, o seu quarto para o pedagógico encontrar-se com as alunas a fim de satisfazer os seus desejos, diga-se, perversos, mas para o seu espanto excluiu.

Cipriano Máquina recusa pronunciar-se sobre o caso

Num outro instante, devido à nossa insistência, disse que os assuntos relacionados com a imprensa apenas podem ser tratados pelo director da escola. Porém, este não se encontrava no recinto escolar. “Não estou autorizado a falar’’. Insistimos, pelo que irredutivelmente declarou: “já disse que não estou autorizado a falar’’.