Os mais afectados pelo problema estão localizados do lado de Guava, um bairro que, politicamente, pertence ao distrito de Marracuene, mas, em termos práticos, a vida dos seus moradores está mais ligada à cidade de Maputo.
As queixas dos moradores vão ao encontro do que os ambientalistas têm dito sobre aquela obra: não foi antecedida por um estudo de impacto ambiental. Se isso tivesse acontecido, o drama vivido pelos moradores teria sido previsto e evitado.
Os moradores dizem que não estão contra o projecto, porque reconhecem a sua importância para o desenvolvimento não só do seu bairro. Porém, criticam a forma como tudo está a ser gerido.
Milú da Graça, uma das afectadas, diz que, há três meses, houve uma reunião com os moradores, organizada pela Comissão de Reassentamento criada no âmbito do projecto. Na ocasião, apenas ficaram informados que seriam transferidos para dar lugar às obras, mas não houve detalhes sobre o processo da sua indemnização, muito menos do local onde iriam ser realojados.