Politica Renamo avalia estágio da democracia no país

Renamo avalia estágio da democracia no país

Receba atualizações de trabalhos do MMO Emprego

Siga o nosso canal do Whatsapp para receber atualizações diárias anúncios de vagas.

Clique aqui para seguir

A RENAMO está reunida, desde ontem, em conselho nacional alargado, na cidade de Quelimane, tendo em vista avaliar o actual estágio da democracia no país.
Renamo avalia estágio da democracia no país
Falando à Imprensa, o líder do movimento, Afonso Dhlakama, explicou que a sua formação política continua preocupada com o que chamou de partidarização do Estado, acusando o Governo de estar a desmobilizar do Exército os efectivos encaminhados pelo ex-movimento rebelde, ao abrigo do Acordo Geral de Paz.

Também acusou a Polícia da República de Moçambique (PRM) de estar a servir os interesses do partido no poder e de perseguir e molestar cidadãos que tenham afinidades políticas com o seu partido.

Disse ser essa a razão porque mantém a sua segurança privada, e também por alegadamente nenhum ex-guerrilheiro da Renamo ter ainda integrado os efectivos da PRM. Todavia, desde os acordos de paz que o movimento se recusa a indicar os seus membros para fazerem parte das forces policiais, pese os insistentes apelos feitos pelo Executivo nesse sentido.

Falou também dos processos eleitorais no país, insistindo no discurso da fraude e exigindo que haja paridade entre a Frelimo e o seu movimento nos órgãos eleitorais, para além de ter acusado os membros indicados pela sociedade civil na Comissão Nacional de Eleições, como sendo “agentes” a mando do partido no Governo.

Referiu-se aos projectos de mineração em curso na província de Tete, falando de uma alegada exclusão dos cidadãos locais no processo de absorção de mão-de-obra.

Afastou a possibilidade do retorno à guerra, mas deu indicações de que a Renamo recorreria a manifestações pacíficas caso o Governo não dessa conta das reivindicações feitas pela sua formação política até ao próximo dia 4 de Outubro, data em que se assinala o 20 aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz em Moçambique.

Na passada segunda feira, o Bispo da Arquidiocese de Maputo, Dom Francisco Chimoio, apelou a Afonso Dhlakama, para que paute por um discurso reconciliatório que favoreça a paz e reconciliação nacional, e desvalorizou ameaças que apontem para o retorno a guerra no país.

Jornal Notícias