O tiroteio deu-se por volta das 2.30 horas, no culminar de uma perseguição que iniciara no bairro Bunhiça, posto administrativo da Machava, onde a quadrilha acabava de roubar uma viatura de marca Toyota Harrier, ABM 171 MC, e outros bens. Durante a troca de tiros, após dispararem contra os agentes da Polícia, um quinto elemento da quadrilha conseguiu escapulir-se, desconhecendo-se o seu paradeiro.
Os feridos foram transportados para o Hospital Central de Maputo (HCM), onde estão a receber tratamento.
Para o assalto, os malfeitores, que eram portadores de uma arma do tipo AK47, uma pistola e quatro catanas, arrombaram a porta da residência e amordaçaram a sua única ocupante na ocasião e amarraram-na os braços. Antes de se retirarem, os bandidos apoderaram-se dos cartões de banco da vítima, que optou pelo anonimato por temer represálias.
A vítima ainda conseguiu sair de mãos atadas de casa para pedir socorro a um vizinho que tratou de a livrar das cordas e depois informar o marido, que estava de serviço naquela madrugada. Este terá imediatamente comunicado a ocorrência à Polícia que iniciou com a perseguição que viria a terminar com o tiroteio.
O porta-voz da PRM na província de Maputo, João Machava, disse que os assaltantes foram localizados graças à colaboração das vítimas. “A quadrilha foi bloqueada na zona do Nó da Machava quando tentava despistar a Polícia, usando algumas ruelas do interior do bairro Trevo”, acrescentou.
Explicou que uma brigada da Polícia posicionada na rotunda do “Nó da Machava” apercebeu-se da movimentação dos suspeitos e disparou para o ar para intimidá-los. Só a quadrilha ripostou, disparando contra o veículo da Polícia, seguindo-se então um tiroteio que provocou pânico na zona.
“Iniciou o tiroteio que culminou com a morte de dois e o ferimento de outros dois gatunos. Alguns membros da quadrilha eram da cidade de Maputo e outros dois da cidade da Matola e juntavam-se para assaltar diferentes bairros”, disse Machava.
“Estamos ainda à procura do quinto elemento do grupo que se escapuliu durante o tiroteio, mas pensamos que os capturados vão nos ajudar para a sua detenção”, acrescentou.