A decisão do aumento ou não do preço do transporte será hoje conhecida, no fim da XX Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Maputo. A Assembleia Municipal de Maputo encontra-se, desde ontem, reunida, e dentre outros assuntos a ser analisados, consta a aprovação da proposta de aumento das tarifas do transporte público e semi-colectivo de passageiros de 5 para 7 meticais, e de 7,5 para 9 meticais para distâncias longas.
O presidente da Assembleia Municipal de Maputo, Alberto Sebastião, disse que tudo estava ainda em aberto e justificou que o aumento do dos TPM tem como objectivo contribuir para a capacitação da empresa em termos de manutenção das suas viaturas, o que este momento não acontece. Segundo Sebastião, o que a empresa TPM produz só serve para os combustíveis, e nem sempre é suficiente. Para ele, o aumento do preço não vai cobrir as despesas, mas vai aumentar a capacidade da empresa na prestação de serviços.
A proposta de aumento de 5 para 7 meticais nos TPM e de 7,5 para 9 meticais nos transportes semi-colectivos não convence a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários. Luís Munguambe, presidente da Fematro, diz que o sector continuará insustentável e sugere subsídio do Estado aos passageiros.
“Temos uma consciência de que uma tarifa certa, justa, não há passageiro, munícipe, que podia pagar. A nossa posição é que haja realmente um patrocínio, uma comparticipação do Estado, para ajudar o passageiro a pagar a tarifa. A compensação a que me refiro não é em relação ao operador, mas em relação ao passageiro, de modo a que consiga pagar o carro que escolheu”, referiu Munguambe.
A tarifa actual dos transportes vigora desde 2008. De lá a esta parte, o governo geriu cautelosamente as propostas de aumento, tendo em conta que o preço de transporte já foi fonte de instabilidade social na cidade e província de Maputo.
Bancadas municipais divergem
Esmeralda Muthemba, chefe da bancada Municipal da Frelimo, apoia o agravamento do preço dos transportes no município de Maputo. Segundo a chefe da bancada da Frelimo, o aumento do preço vai permitir que aquele que faz este negócio tenha um rendimento que lhe garanta manter em circulação o seu meio e outros custos operacionais, tais como manutenção, bem como o abastecimento do combustível.