Esta informação foi revelada ontem, em Maputo, no decurso de um encontro que juntou técnicos de formação do Ministério da Saúde, que tinha em vista discutir a Estratégia de Formação Contínua dos quadros do sector de saúde.
A fuga de médicos do Serviço Nacional da Saúde tem sido notória no país e, segundo a directora nacional adjunta para a área de formação no Ministério da Saúde, Luísa Panguene, as formações contínuas do pessoal médico nem sempre chegam a beneficiar o Serviço Nacional de Saúde, uma vez que estes tendem a abandoná-lo, preferindo as Organizações Não-Governamentais e o sector privado que oferecem melhores condições salariais.
“A classe dos médicos talvez seja a que tem maior oportunidade de formação. E se eles saem do Serviço Nacional da Saúde é porque estão devidamente capacitados. Nenhum profissional ou nenhuma Organização Não-Governamental vai recrutar um médico não capacitado, daí que abandonam porque estão bem capacitados”, disse a fonte.
A escassez de oportunidades de formação para os técnicos de saúde das zonas rurais constitui também preocupação para o Ministério da Saúde. Este e outros assuntos dominaram o debate, num encontro promovido pelo Ministério da Saúde (MISAU) com vista a encontrar formas de melhorar o desempenho dos técnicos de saúde, sobretudo, no atendimento ao público.
O País