Sociedade PCA das Águas de Maputo assume incapacidade

PCA das Águas de Maputo assume incapacidade

PCA das Águas de Maputo assume incapacidade
O presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Águas da Região de Maputo, Frederico Martins, reconheceu finalmente que a empresa não tem ainda contadores suficientes para fazer face à demanda dos consumidores nos últimos tempos.

Frederico Martins, que prestou semana passada declarações em exclusivo ao Canalmoz, em Maputo, reconheceu, por outro lado, que um número considerável de clientes tem actualmente os contadores avariados e outros não os tem, o que faz com que a facturação seja feita a base de cálculos mentais de consumo mínimo ou consumo médio dos últimos 3 a 4 meses.

Esta situação, ainda de acordo com o presidente do Conselho da Administração das Águas da Região de Maputo, permite que “às vezes as facturas passadas pela empresa aos clientes sejam elevadas em relação ao consumo, levando, por conseguinte, à reclamação dos clientes”.

“De facto por causa desse problema, devemos reconhecer que temos registado erros de cálculos nas facturas e os clientes têm vindo a reclamar e nós respondemos com peritagens para corrigirmos a situação”, esclareceu a fonte da empresa Águas da Região de Maputo.

“Apesar da melhoria na distribuição da água, tem-se registado mais roturas nos canais de distribuição deste precioso líquido”, reconheceu também o engenheiro Frederico Martins.
O PCA das Águas da Região de Maputo disse, por outro lado, que “estamos a melhorar substancialmente a distribuição da água”.

“Por outro lado, devemos considerar que com a maior distribuição da água, também registamos alguns problemas na rede. Há mais roturas que nos obriga a desenvolver um esforço mais aturado neste sentido da distribuição”, reconheceu Martins.

Ele disse ainda que actualmente a rede de distribuição da água na região de Maputo serve a 58 por cento da população da província de Maputo e Maputo-cidade, uma percentagem que representa 800 mil a 900 mil habitantes.

Num outro desenvolvimento, a fonte que citamos reconheceu a existência de facturas que não correspondem ao consumo do cliente.

Sobre os cortes que os consumidores dizem estarem a ser feitos sobretudo nos bairros periféricos, o nosso entrevistado respondeu que “o nosso objectivo tem sido procurar que a facturação corresponda ao consumo para cada um dos nossos consumidores”.

“Em relação ao corte no fornecimento da água por falta de pagamento, esta tem sido a última medida que a empresa toma. Em princípio procuramos persuadir o consumidor a pagar a água, mesmo que não consiga pagar a factura na totalidade, oferecemos a possibilidade de negociar o pagamento da factura”, disse o nosso entrevistado.

“Apesar desses problemas, nada afecta os nossos objectivos, porque neste momento há muita gente que precisa de água que infelizmente não tem”, concluiu o engenheiro Frederico Martins.
Os clientes da empresa Águas de Maputo têm frequentemente reclamado que os agentes daquela empresa passam facturas elevadas que não condizem com a quantidade de água consumida durante o período a que se referem às facturas.