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Direcção da Indústria e Comércio prova a ministra da Função Pública que o Estado está partidarizado

Direcção da Indústria e Comércio prova a ministra da Função Pública que o Estado está partidarizado
Depois de a ministra da Função Pública, Vitória Diogo, ter dito a uma agência portuguesa de notícias que a partidarização do Estado é uma invenção e “discurso propositado de pessoas”, tendo, na ocasião, exigido provas, eis que a Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo trouxe as provas desmentindo total e completamente a ministra.

Num anúncio de necrologia publicado na edição de 23 de Agosto do corrente ano do jornal Notícias, a Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo prova a ministra que a partidarização do Estado não é “invenção” muito menos “discurso propositado de pessoas”, mas, sim, uma prática do seu partido Frelimo.

No referido anúncio, os membros e simpatizantes do Comité de Círculo do partido Frelimo da Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo informam a morte do seu ex-secretário, Cautela Jorge Munjovo, ocorrida no dia 19 de Agosto do corrente ano.

Refira-se que esta não é a primeira vez que prova inequívoca da partidarização do Estado é colocada em público. Por várias vezes a Imprensa já publicou provas de funcionamento de células do partido Frelimo nas instituições do Estado e reuniões marcadas em plena hora de trabalho. Mais recentemente, em várias partes do país, muitos funcionários públicos foram descontados seus salários para custear as despesas da realização do congresso da Frelimo que terá lugar em Setembro.

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Mas na sua entrevista e na tentativa de justificar que o Estado não está partidarizado a ministra afirmou que “um Estado partidarizado é aquele que a sua estrutura está partidarizada e em termos de procedimentos e normas tem implicitamente que conduzam a uma definição com base na filiação partidária”, disse a ministra. É, na verdade, uma definição que coincide com o funcionamento do Estado moçambicano, segundo vários estudos.