O material ora confiscado é constituído por cabaças, vulgo Magona, em língua local, incluindo ossadas usadas para as adivinhas. Adivinhas que, segundo a Ametramo, incitam a violência, cujas vítimas são pessoas da terceira idade, acusadas de feiticeiras.
Isabel Fernando, curandeira famosa na cidade da Maxixe, viu o seu material de trabalho a ser apreendido pela Ametramo depois de muitas queixas de familiares e residentes, sobre a sua má actuação.
Além de cobranças de elevadas somas em dinheiro aos clientes, ela aponta nomes dos supostos feiticeiros, semeando confusão nas famílias.
Na cidade da Maxixe, por exemplo, muitas idosas que deambulam pelas ruas pedindo esmola, foram expulsas do convívio familiar por acusações de feitiçaria, imputada pela curandeira Isabel.
Os familiares desta praticante da medicina tradicional também estão revoltados pois, desde que abraçou esta carreira, não há sossego e para acabar com esta anarquia exigem mesmo a destruição do seu material de trabalho, que já foi recolhido para a sede da Ametramo, na cidade da Maxixe.
Para amealhar dinheiro, aquela curandeira responsabilizava algumas pessoa da zona e não só pelo insucesso da vida dos seus clientes.
O presidente da Ametramo em Inhambane, Bernardo Carlos, disse que a agremiação que dirige não pactua com este tipo de comportamento, daí que decidiu suspender as actividades da sua associada e chama a atenção a outros para não trilharem por este caminho.