Os alunos afirmam terem conseguido obter bons resultados, por isso, recusam-se categoricamente a repetir os testes. `As provas não têm pernas, como é que chegaram ao mercado informal até termos conhecimento de que estão à venda´, lê-se num dos dísticos que os alunos transportavam e colocado no portão principal que dá acesso ao edifício onde está a funcionar aquela instituição.
Insatisfeitos com a decisão, alunos das cinco escolas secundárias que funcionam em Quelimane organizaram-se para se deslocarem à Direcção Provincial da Educação e Cultura. Os membros da direcção, trabalhadores e colaboradores ficaram surpreendidos logo pela manhã, ao se depararem com uma grande moldura humana que com dísticos e cantos de protesto exigia às autoridades da Educação e Cultura a reconsideração da sua decisão, uma vez que não havia tempo suficiente para os alunos voltarem às salas de aula para a realização de novas provas daquelas disciplinas.
A nossa Reportagem soube que de facto que as provas daquelas disciplinas estiveram a ser vendidas nos principais mercados e reprografias de todas as escolas a preços que variavam entre vinte e quarenta meticais. Alguns professores que conversaram com a nossa Reportagem confirmaram que muitos alunos tinham comprado os enunciados e as respostas visto que muitos deles foram surpreendidos com cábulas com os exercícios todos resolvidos tal como aparecia nas folhas de resposta e outros alunos em menos de um quarto de hora já estavam a entregar. Este facto despertou a atenção tendo se iniciado um trabalho de busca nos mercados e reprografias de Quelimane que confirmaram a circulação das avaliações…