Sociedade Educação Governo sudanês vai deportar estudantes moçambicanos

Governo sudanês vai deportar estudantes moçambicanos

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O governo sudanês acaba de conceder vistos de saída do seu país a alguns estudantes moçambicanos que se encontram na Universidade Internacional de África. Está quase a terminar o calvário de alguns daqueles cidadãos moçambicanos abandonados pelo seu Estado.
Em contacto com o nosso jornal, aqueles jovens desmentem que tenha havido um apoio do governo moçambicano ou de organizações no sentido de os retirar daquele país ou, no mínimo, resolver os seus problemas, contrariamente ao que avançou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Eduardo Koloma. Koloma dissera que “Há informações em como cinco deles já deixaram o país. Tomámos conhecimento de que talvez (tenham deixado o Sudão) há uns dois dias. Não foi o Governo quem os apoiou para sair. Creio que devem ter encontrado apoios possivelmente das instituições que os levaram para estudar ali”.  Os estudantes mostram-se indignados com este anúncio: “Como vê, o discurso do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação não corresponde à verdade, porque até então nenhum estudante já teve oportunidade de comunicar com um dos membros do Governo e nenhum estudante  deixou o país (Sudão) até então”.

Mais: “quanto à nossa viagem, hoje (ontem) conseguimos vistos de saída do Sudão, o que quer dizer que dentro desta semana, o mais tardar no fim desta semana, sairemos deste país, se Deus quiser, segundo as narrativas do director adjunto da Universidade (Internacional de África) com o qual tivemos um encontro ainda hoje (ontem)”.

Em relação ao dilema que vivem, aqueles jovens contaram-nos que depois de quatro dias “ao relento” (desde domingo do dia 10 até quarta feira, dia 13, do mês em curso) recorreram à embaixada de África do Sul para pedir apoio, só que foram informados que o embaixador estava ausente. “Sem tempo a perder” dirigiram-se à Embaixada da Etiópia, na qual foram ditos que aquela representação diplomática “nada podia fazer” sem um aval do governo moçambicano.