O facto foi anunciado há dias, na África do Sul, na reunião anual da SARPCO, em que Moçambique se fez presente pela direcção do Comando-Geral da Polícia. A questão foi levantada no encontro pelo facto de em alguns países da SADC, como o caso de Moçambique, estarem em curso debates sobre a possibilidade de passar a PIC para o controlo da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Para a organização, as corporações devem continuar a orientar os destinos e os trabalhos de investigação, através da PIC, como parte de uma das suas unidades. No entender da SARPCO, não só por ser uma força integrante da Polícia, a realização do trabalho de investigação por parte da PIC complementa as acções que vêm sendo desencadeadas pela Polícia na garantia da segurança e ordem pública.
Assim, uma vez ser prática em grande parte dos países do mundo, e pelo facto de nenhum país da SADC ter a PIC fora da Polícia, os chefes da Polícia da SARPCO apelam aos respectivos governos no sentido de manterem esta tradição e, por outro lado, trabalhar com vista a conceder mais meios financeiros e materiais para fortificar o trabalho em curso de investigação e combate ao crime.
A reunião da África do Sul serviu igualmente para debater assuntos relacionados com o controlo da criminalidade transfronteiriça, troca de informações e ponto de situação sobre o roubo de viaturas e gado, circulação de armas de fogo, incluindo de pequeno porte, tráfico de droga e caça furtiva.
A SARPCO adoptou importantes resoluções, sendo de destacar a de operações conjuntas de recuperação de viaturas roubadas nos países da SADC, sobre controlo e circulação de droga. Igualmente, foi adoptada uma resolução na qual as forças policiais da região reiteram o seu compromisso de se empenharem cada vez mais na melhoria das estratégias existentes de combate à criminalidade, sobretudo no que diz respeito ao tráfico de órgãos humanos e droga.
Actualmente, a presidência rotativa da SARPCO está sob a liderança da África do Sul, sendo que em Agosto próximo deverá passar para a Tanzania.