Os moradores dizem não conhecer o sossego há mais de um ano, devido ao facto de os crentes desta congregação realizarem cultos durante as noites dos dias úteis da semana e durante toda a manhã de domingo, entoando cânticos acompanhados por instrumentos musicais com som estridente.
Os moradores dizem ainda não estarem contra os cultos desta congregação, mas sim contra o barulho, que se assemelha ao de uma “discoteca”.
“Esta igreja não tem respeito. Toca piano a qualquer hora. Às vezes temos falecimentos e eles estão a tocar. Nós também rezamos, mas temos horas próprias. Hoje, por exemplo, começaram a tocar às 5 horas”
Para esta congregação tudo não passa de uma perseguição movida por alguns. Tanto que já houve moradores que agrediram os crentes arremessando pedras em plena missa.
O líder da Igreja vai mais longe e questiona a existência de barulho vindo de algumas barracas sem, no entanto, provocar reacções de contestação.
E, José Júlio, tido como mentor da agitação no bairro, explicou que o assunto é do conhecimento das estruturas do bairro e do próprio Conselho Municipal, onde até já foi entregue um abaixo-assinado.
Durante as entrevistas não faltaram trocas de “mimos” entre as partes. Uns exigindo a retirada do som e outros rezando contra os seus opositores. No final, a Igreja prometeu baixar o volume dos instrumentos.