Um grupo de antigos guerrilheiros da Renamo invadiu a sede do partido, numa acção que levanta preocupações sobre a segurança e a estabilidade política em Moçambique.
Até ao momento, o número exacto de participantes no assalto não foi confirmado, mas a situação no local permanece tensa.
Relatos indicam que os indivíduos armados interditaram a saída de quem se encontrava na sede durante a ocorrência. O chefe da guarita da Polícia da República de Moçambique, que estava no local, também se encontra retido, com tentativas de negociação para sua libertação a falhar. As razões para esta ação ainda não foram oficialmente comunicadas à imprensa, e as tentativas de contacto com o porta-voz da Renamo, Marcial Macome, não obtiveram resposta até ao momento.
O assalto parece ser o culminar de uma crescente insatisfação entre os membros do partido, especialmente os ex-guerrilheiros, em relação à actual liderança sob Ossufo Momade. Ao longo do país, têm surgido manifestações de descontentamento, com apelos à demissão de Momade.
Os descontentes acusam-no de estabelecer alianças com o partido no poder, a Frelimo, em detrimento dos interesses dos ex-guerrilheiros, desvirtuando o acordo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração.