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Putin propõe cessar-fogo na Ucrânia em troca de reconhecimento da anexação da Crimeia

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou uma proposta para cessar a invasão da Ucrânia durante uma reunião com Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos, no início deste mês. 

A informação foi avançada pelo jornal Financial Times, que destaca que a proposta pode representar um passo significativo no caminho para um acordo de paz.

Segundo fontes próximas às negociações, Putin sugeriu que Moscovo estaria disposto a abdicar das suas reivindicações sobre quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas que ainda se encontram sob controlo de Kiev. Em contrapartida, os Estados Unidos teriam proposto o reconhecimento formal da anexação da Crimeia pela Rússia, ocorrida em 2014, um tema altamente controverso no cenário internacional.

Este desenvolvimento surge num momento em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Ucrânia está aberta a negociar com a Rússia, desde que um cessar-fogo seja estabelecido. “Estamos prontos para registar que, após um cessar-fogo, estamos dispostos a sentar-nos em qualquer formato, para que não hajam becos sem saída”, declarou Zelensky.

Contudo, ele alertou que um acordo não poderá ser alcançado rapidamente, dada a complexidade das questões territoriais, garantias de segurança e a adesão da Ucrânia à NATO.

Zelensky também expressou interesse em encontrar Donald Trump, ex-presidente dos EUA, durante o funeral do Papa Francisco no Vaticano, na esperança de discutir os recentes avanços nas negociações de paz.

Na segunda-feira, Putin afirmou estar aberto a discutir a suspensão de ataques contra civis, comentando: “Tudo merece ser estudado cuidadosamente. Talvez de forma bilateral, com diálogo. Não excluímos isso. Iremos analisar a questão e tomar as decisões apropriadas”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reiterou a disposição de Putin para considerar uma proposta de Zelensky que visa prolongar a trégua de Páscoa por mais 30 dias, suspendendo assim os ataques às infraestruturas civis por ambas as partes.

No entanto, Peskov destacou que, para já, não existem planos concretos para negociações com Kiev, sendo necessário definir claramente quais infraestruturas são consideradas alvos militares.

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