Destaque Profissionais de saúde ameaçam suspender atendimento a pacientes em Moçambique

Profissionais de saúde ameaçam suspender atendimento a pacientes em Moçambique

Os profissionais de saúde em Moçambique, que se encontram em greve desde o dia 17 de Abril, anunciaram que a partir desta quarta-feira, irão interromper o atendimento nos hospitais até ao dia 5 de Maio. 

A informação foi divulgada pelo presidente da Associação dos Profissionais da Saúde, Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, durante uma conferência de imprensa realizada na passada segunda-feira.

A decisão de intensificar a paralisação foi tomada como forma de pressão sobre o Governo, com o objectivo de exigir o pagamento de horas extras em atraso, a melhoria das condições de trabalho, bem como a disponibilização de medicamentos e alimentos para os pacientes. “A partir do dia 30, às 15h30, os profissionais de saúde não irão pisar as unidades sanitárias e só voltarão no dia 5 de Maio. Esta é uma nova fase da nossa luta por um Sistema Nacional de Saúde (SNS) que preste cuidados dignos e eficazes ao povo moçambicano”, afirmou Muchave.

Entre as reivindicações dos profissionais de saúde, destacam-se não apenas o pagamento das horas extras em dívida, mas também melhores condições salariais, um adequado enquadramento nas suas funções, além da garantia de medicamentos e ração alimentar para os doentes.

Por sua vez, o ministro da Saúde, Ussene Isse, manifestou a sua disposição para dialogar com os grevistas, mas sublinhou a importância de manter o atendimento aos pacientes. “Reconheço que existem questões que nos separam, mas o meu apelo aos meus colegas é para continuarmos a discutir, sem, no entanto, deixarmos de atender os nossos pacientes, pois uma greve na saúde pode ter consequências desastrosas”, exortou o ministro.

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