O Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, admitiu que, apesar de ocorrerem em menor escala, as manifestações violentas continuam a ser um desafio em várias regiões do país.
Estas manifestações, frequentemente caracterizadas por bloqueios à circulação de viaturas e bens, têm gerado impactos negativos significativos na economia moçambicana.
Para mitigar esta situação, o Governo está a estabelecer um diálogo contínuo com as comunidades, com o intuito de identificar as preocupações que as afligem e encontrar soluções colaborativas adequadas a cada contexto.
Durante uma declaração pública, Impissa reportou que nos dias 5 e 6 de Fevereiro, manifestantes interromperam o acesso ao Aeroporto Internacional de Chongoene, além de terem paralisado as actividades da mineradora de Areias Pesadas de Chibuto e das obras de uma estrada vital para a exportação de inertes.
“Em relação à situação em Chongoene, o Governo informa que, através do Ministério dos Transportes e Logística, do Conselho Executivo Provincial e do Estado, está a ser realizado um trabalho junto das comunidades para compreender as motivações que estão na origem das manifestações e encontrar soluções conjuntas para a responsabilidade social nos projectos”, afirmou Impissa.
O Ministro também destacou que, embora as acções de responsabilidade social acordadas no início do projecto do Aeroporto de Chongoene tenham sido cumpridas, é essencial que o Estado desenvolva iniciativas que fomentem uma maior interacção com as comunidades da província de Gaza e de todo o país.
“Foram levantadas preocupações relacionadas com a necessidade de electrificação pública e a construção de um centro de saúde nas redondezas. O Governo está a trabalhar em colaboração com as autoridades locais e parceiros para abordar estas questões e resolver os protestos”, garantiu.
Impissa acrescentou que o Executivo está em diálogo com os proprietários dos empreendimentos instalados, promovendo um ambiente de convivência harmoniosa no contexto económico e social.
“Esta nova abordagem será implementada com seriedade e monitorização, permitindo que os projectos beneficiem as comunidades. O nosso objectivo é alinhar o desenvolvimento económico, uma questão que deve ser abordada em todo o país, ao mesmo tempo que repensamos os futuros projectos”, concluiu o Ministro.