Um grupo de trabalhadores enfrenta uma situação angustiante na cidade de Stilfontein, na África do Sul, depois de terem ficado presos durante várias semanas em uma mina artesanal.
A situação torna-se ainda mais crítica à medida que eles aguardam a chegada das equipas de resgate, rodeados por condições desumanas e pela presença de cadáveres em decomposição de colegas que perderam a vida no local.
Estima-se que mais de 100 pessoas tenham morrido na mina, um cenário que tem gerado grande preocupação entre as comunidades locais e organizações dedicadas à defesa dos direitos dos trabalhadores mineiros. Na passada sexta-feira, a Mining Affected Communities United in Action (Macua) e o Stilfontein Solidarity Committee divulgaram imagens alarmantes do interior da mina, evidenciando a grave situação que os mineiros enfrentam.
Os trabalhadores revelaram que os alimentos enviados nas últimas semanas foram insuficientes para alimentar todos os que permanecem presos. Em um gesto desesperado, têm comunicado com o mundo exterior através de cartas, relatando as suas angústias e necessidades.
Hoje, a Macua anunciou que as operações de resgate foram finalmente iniciadas. Dois voluntários locais desceram até à mina em uma gaiola, na esperança de trazer auxílio e alívio aos que ainda se encontram em perigo. A comunidade permanece em vigília, aguardando notícias sobre o progresso da operação e a possível recuperação dos trabalhadores ainda na mina.