Uma comissão de inquérito independente, instituída pelo presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, concluiu que não há indícios de crime no acidente aéreo que resultou na morte do vice-presidente Saulos Chilima e de outras oito pessoas.
O relatório aponta o mau tempo como a provável causa do incidente.
A comissão, liderada pelo juiz Jabbar Alide, foi formada em resposta à pressão de organizações da sociedade civil, partidos da oposição e da família de Chilima.
O relatório, apresentado por Alide, afirma que não foram encontradas evidências de falha técnica na aeronave, que estava em boas condições e acumulava apenas 3.000 horas de voo.
Esta investigação é a terceira a concluir que o acidente foi causado por condições meteorológicas adversas, incluindo nebulosidade e turbulência. Outros relatórios, como o do Bureau Federal Alemão de Investigação de Acidentes Aeronáuticos e uma autópsia realizada pelo patologista Steve Kamiza, contratado pela família de Chilima, corroboram essa conclusão.
A autópsia revelou que Chilima sofreu ferimentos extensos e catastróficos, como fracturas na caixa torácica, ruptura do coração e lesões graves nas pernas e braços, causadas pelo impacto violento. A causa imediata da morte foi uma hemorragia intratoráxica massiva, resultando em colapso circulatório instantâneo.
Os peritos alemães também não encontraram evidências de actividade criminosa no local do acidente. A convergência dos relatórios descarta a hipótese de que Chilima tenha sido alvo de um assassinato.
O relatório final, a ser apresentado pelo Bureau Federal Alemão de Investigação de Acidentes Aeronáuticos, está previsto para ser divulgado em Agosto do próximo ano.















