A Sede Nacional da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) foi novamente ocupada por um grupo de antigos guerrilheiros e membros do partido, que exigem a demissão de Ossufo Momade e de outros líderes da agremiação.
Este ato de contestação surge num contexto de descontentamento crescente em relação à liderança do atual presidente.
Os membros dissidentes tomaram de assalto a sede, localizada na capital, e declararam que não deixarão o local até que o partido responda a uma série de questões que levantaram.
Uma das principais reivindicações é a convocação de um Conselho Nacional Ordinário que inclua a participação dos combatentes, para garantir que as suas vozes sejam ouvidas nas decisões que afectam o futuro do partido.
Os ex-guerrilheiros expressaram a sua indignação em relação ao comportamento da liderança de Ossufo Momade, afirmando que ele não tem cumprido com as directrizes estabelecidas no Estatuto da RENAMO.
Este incumprimento, segundo os manifestantes, poderá levar ao encerramento não só da sede nacional, mas também das delegações provinciais, caso as suas preocupações não sejam abordadas de forma satisfatória.
Além das exigências políticas, os guerrilheiros acusam Ossufo Momade de ter enviado seus seguranças para os expulsar da sede, um ato que consideram uma afronta à sua luta e aos princípios democráticos do partido.
A tensão entre os membros da RENAMO aumenta, à medida que os antigos combatentes insistem na necessidade de uma liderança que respeite e represente verdadeiramente os interesses de todos os filiados.