A recente paralisação na fronteira de Ressano Garcia, situada na Província de Maputo, resultou em perdas significativas para a economia moçambicana, estimadas em 400 milhões de meticais.
A informação foi divulgada pelo porta-voz da Autoridade Tributária (AT), Fernando Tinga, durante uma conferência de imprensa realizada no passado sábado.
De acordo com Tinga, o encerramento da fronteira teve repercussões negativas no comércio local, uma vez que muitos estabelecimentos comerciais se viram obrigados a fechar as suas portas, enquanto outros enfrentaram a escassez de produtos, especialmente aqueles importados da África do Sul que transitam por aquele ponto fronteiriço. “A situação é preocupante e afecta directamente a oferta de bens essenciais”, sublinhou o porta-voz.
Fernando Tinga esclareceu que a meta de arrecadação mensal para o mês de Novembro está fixada em 1,7 mil milhões de meticais. Ao dividir este montante por um período de 30 dias, a expectativa é de uma média diária de cerca de 50 milhões de meticais. “Com a paralisação que durou cerca de oito dias, podemos estimar que as perdas rondam os 400 milhões de meticais”, afirmou.
Felizmente, Tinga anunciou que, apesar da vandalização sofrida, o terminal de carga do posto fronteiriço de Ressano Garcia já retoma a sua operação normal, permitindo o fluxo de mercadorias entre Moçambique e a África do Sul.
A Autoridade Tributária espera que, com a reabertura plena da fronteira, a economia comece a recuperar gradualmente dos impactos causados pelas manifestações da semana anterior.