Um jovem de 21 anos perdeu a vida e 88 pessoas ficaram feridas durante as manifestações que tiveram lugar na cidade de Maputo na passada semana. Os feridos foram encaminhados para os hospitais gerais de Mavalane e José Macamo, onde receberam tratamento médico.
Do total de feridos, sete pessoas foram atingidas por disparos de armas de fogo, enquanto doze foram afectadas por cápsulas de gás lacrimogéneo. Além disso, 40 manifestantes relataram ter sido agredidos durante os confrontos, que eclodiram em várias zonas da capital moçambicana.
As manifestações, que inicialmente tinham um carácter pacífico, rapidamente se transformaram em cenas de violência e caos, levando a uma intervenção das forças de segurança. Os motivos que desencadearam os protestos continuam a ser investigados, mas fontes próximas aos manifestantes indicam que as reivindicações estavam relacionadas com questões sociais e económicas que afectam a população local.
As autoridades locais expressaram pesar pela morte do jovem e apelaram à calma, prometendo uma investigação completa sobre os incidentes. O clima na cidade permanece tenso, com um forte dispositivo policial nas ruas, enquanto a população aguarda respostas sobre as circunstâncias que levaram a esta tragédia.
Estas ocorrências levantam questões sobre a liberdade de expressão e o direito à manifestação em Moçambique, num contexto onde o descontentamento popular tem aumentado nos últimos anos. As vozes dos cidadãos clamam por melhorias nas condições de vida e maior transparência por parte do governo.
O governo de Moçambique enfrenta, assim, um novo desafio em tempos difíceis, onde a luta por direitos e dignidade continua a ser uma prioridade para muitos cidadãos.
