As intensas chuvas e inundações que têm assolado o Chade desde o início da estação chuvosa já provocaram a morte de pelo menos 145 pessoas, conforme um novo balanço divulgado pelas Nações Unidas.
Segundo o relatório apresentado na quarta-feira, todas as 23 províncias do país foram impactadas, com cerca de 960 mil pessoas afectadas e aproximadamente 70 mil habitações destruídas ao longo dos últimos dois meses.
A ONU sublinha que a agricultura, um sector vital para a subsistência da população, foi severamente atingida, agravando ainda mais a crise alimentar que o Chade enfrenta. No início do ano, o país havia declarado uma emergência nacional para a segurança alimentar, devido ao facto de 3,4 milhões de pessoas estarem a sofrer de fome aguda.
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a gravidade da situação numa conferência de imprensa, alertando para as consequências devastadoras destas condições climáticas extremas.
Face a este cenário, as autoridades do Chade, em conjunto com as agências da ONU e diversos parceiros humanitários, têm envidado esforços para mobilizar ajuda de emergência.
No entanto, a distribuição dos mantimentos e assistência necessária tem sido dificultada pelas persistentes inundações, que complicam as operações de socorro e apoio às populações mais vulneráveis.
