Cerca de cinco mil jovens, com idades entre cinco e 18 anos, incluindo alunos, serão abrangidos por um programa de rastreio para o diagnóstico precoce de patologias cardíacas. Esta iniciativa visa permitir um melhor acompanhamento clínico das doenças cardíacas.
A actividade, coordenada pelo Instituto Nacional de Saúde e pela Universidade Eduardo Mondlane, faz parte do programa PEN-PLUS “Coração com Moçambique”. Este programa será realizado por uma equipa de dez médicos especialistas moçambicanos e portugueses, incluindo residentes em Medicina Familiar e Comunitária.
Gustavo Morais, coordenador da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, afirmou que a missão terá a duração de quinze dias. Durante este período, além do rastreio, será promovida a formação dos profissionais de saúde locais, com o objetivo de aprimorar as suas competências e garantir a continuidade da actividade de forma autónoma no futuro.
As primeiras pessoas submetidas ao rastreio revelaram malformações congénitas cardíacas, além de doenças que afectam a válvula lateral reumática em diferentes fases, algumas delas graves.
O programa também aproveitará a oportunidade para diagnosticar outras doenças que possam surgir nestas idades e informar as autoridades locais de saúde, garantindo que as crianças sejam encaminhadas para o atendimento adequado.
“Queremos também transmitir a mensagem de que as crianças que apresentem dores de garganta frequentes, febres e dores articulares devem procurar as unidades de saúde para tratamento antecipado. Estas patologias podem evoluir para problemas cardíacos num curto espaço de tempo”, aconselhou Gustavo Morais.
Esta iniciativa representa um passo importante para a saúde pública em Moçambique, ao focar-se na prevenção e no diagnóstico precoce de doenças cardíacas em jovens, promovendo um futuro mais saudável para as novas gerações.
