Sociedade Greve dos profissionais de saúde em Moçambique resulta em mil óbitos

Greve dos profissionais de saúde em Moçambique resulta em mil óbitos

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A Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários com Moçambique (APSUSM) revelou que a greve em curso no país já resultou em aproximadamente mil mortes.

Após 21 dias de paralisação, o presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, convocou a imprensa nesta segunda-feira (20) para informar sobre o número de óbitos e o estado actual da greve.

Questionado sobre a base utilizada para contabilizar o número de mortes reportado pela APSUSM, Anselmo Muchave respondeu: “Temos pessoas nas unidades sanitárias”. Ele explicou que, em comparação com períodos normais (sem greve), há uma redução significativa, apontando um, dois ou três óbitos ao nível de uma província.

Sobre a base de comparação da evolução do número de mortes nas unidades sanitárias, Muchave afirmou: “Nós vamos trazer a média em documentos”.

Ele revelou que os jovens constituem a maioria dos óbitos registados nas diversas unidades sanitárias do país como resultado da greve. Actualmente, após a província de Sofala, Inhambane é apontada como aquela que apresenta um elevado número de óbitos devido à greve.

“Mesmo se nos ameaçarem de morte, continuaremos em greve e firmes, lutando para que o povo, ao dirigir-se às nossas unidades sanitárias, não se angustie ou mostre indignação. Só obterá o tratamento de que necessita se na farmácia pública encontrar todos os medicamentos que lhe foram receitados”, afirmou Muchave.

Segundo ele, a APSUSM está a manter diálogo com o governo através do Ministério da Saúde. “Estamos em negociações com o governo. Na realidade, o que falta é assinarmos os consensos e concluirmos os acordos. Até ontem (19), estávamos prestes a terminar, mas houve um impasse no último minuto devido a uma agenda do governo”, explicou a fonte.

Outro ponto de desacordo entre o governo e a APSUSM está relacionado com a proposta da associação de cortar na fonte (na folha de salário) o valor referente ao pagamento das quotas de cada membro.

Entre as reivindicações dos profissionais de saúde destaca-se o pagamento de horas extras, o enquadramento na Tabela Salarial Única (TSU), as condições de trabalho nas unidades sanitárias, o uniforme de trabalho, e a falta de medicamentos, entre outros.