Destaque Centenas fogem da capital do Haiti devido a ataques de gangues

Centenas fogem da capital do Haiti devido a ataques de gangues

Port-au-Prince, capital do Haiti, mergulhou em caos esta semana devido a uma série de ataques perpetrados por gangues que cercaram vários bairros, incendiando casas e entrando em confronto com a polícia durante várias horas.

Este é um dos maiores episódios de violência registados desde o anúncio do novo primeiro-ministro do país.

Os ataques tiveram início na quarta-feira à tarde, atingindo áreas como Solino e Delmas 18, 20 e 24, situadas a sudoeste do principal aeroporto internacional, que permanece fechado há quase dois meses devido à incessante violência perpetrada pelas gangues.

Testemunhas relataram à AP que os gangues incendiaram tudo o que encontraram pelo caminho. Muitas pessoas foram forçadas a fugir, abandonando as suas casas e pertences para escapar à violência. Alguns residentes conseguiram salvar apenas algumas roupas, enquanto outros perderam tudo o que tinham.

A situação gerou um clima de terror na região, com relatos de tiroteios generalizados e incêndios provocados por homens armados. Os ataques ocorreram numa área controlada por Jimmy Chérizier, conhecido como Barbecue, líder da poderosa federação de gangues “G9 Family and Allies”.

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Os distúrbios recentes no Haiti têm sido uma fonte de instabilidade política, levando à demissão do primeiro-ministro Ariel Henry e à nomeação de um novo primeiro-ministro, Fritz Bélizaire. No entanto, a crescente violência das gangues continua a representar um desafio significativo para as autoridades.

Apesar do clima de medo, alguns residentes decidiram permanecer nas suas casas e resistir aos ataques, expressando confiança na Polícia Nacional do Haiti para protegê-los. No entanto, muitos haitianos estão a fugir da capital em busca de segurança, enquanto os confrontos entre gangues e autoridades continuam a assolar a região.