O ex-presidente argentino Alberto Fernández (2019-2023) enfrenta novas acusações em um caso relacionado a contratos de seguros em edifícios oficiais durante seu mandato.
Desta vez, as acusações incluem fraude contra o Estado e associação ilícita.
O procurador federal Ramiro González, que já havia acusado Fernández de peculato na semana anterior, agora também acusa o ex-diretor-geral de Operações do Fundo de Garantia de Sustentabilidade da ANSES, Federico D’Angelo, e o ex-diretor da Nación Seguros, Alberto Pagliano, entre outros.
Segundo o relatório do procurador Ramiro González, há evidências suficientes para iniciar uma investigação criminal contra Alberto Fernández por danos ao Estado nacional decorrentes de comissões e custos de intermediação em apólices de seguro, conforme relatado pelo jornal Clarín.
O ex-presidente já havia sido acusado na semana anterior no mesmo caso de supostas irregularidades na contratação de seguros para escritórios oficiais. Como parte da investigação, o procurador Ramiro González solicitou medidas de prova, incluindo documentos dos contratos.
Alega-se que o esquema veio à tona após uma investigação do jornal Clarín, que revelou que a empresa de seguros Nación Seguros subcontratou um intermediário que recebia uma comissão de 17%, três vezes superior à taxa de mercado. Estima-se que os lucros das comissões chegassem a 300 milhões de pesos (cerca de 330.000 euros) por mês.