Estudantes da Universidade São Tomás de Moçambique (USTM), localizada em Maputo, interromperam as aulas em protesto contra o aumento das propinas, taxas de exame de recorrência e a demora no atendimento administrativo.
O protesto tinha como objetivo principal obter esclarecimentos da direção da instituição de ensino sobre a imposição de multas sem justificação adequada, que incluíam um acréscimo de 50% no valor das propinas em todos os cursos para o mês de fevereiro.
“O ano letivo começou em 12 de fevereiro, mas a universidade exige o pagamento das propinas até dia 10, com uma multa de 50%. Além disso, houve um aumento no valor das taxas de exames de recorrência, de 700 para 1500 meticais, sem uma explicação coerente”, explicou uma estudante que preferiu não se identificar.
Ela também mencionou que, após efetuarem o pagamento das propinas e taxas, enfrentavam longos atrasos na emissão dos recibos e destacou casos de suborno para acelerar os processos em dias de grande afluência.
“Os recibos originais ficam retidos nas finanças por um longo período, resultando em inconsistências no sistema que geram dívidas adicionais. Isso leva muitos estudantes a acumular multas, pois é difícil justificar o pagamento”, acrescentou.
Após negociações entre os estudantes e a administração da universidade, foi acordado o adiamento do aumento das taxas e a isenção de multas para as mensalidades de fevereiro e março.