A Escola Primária Completa (EPC) da Ponta do Ouro, localizada no distrito de Matutuíne, na província de Maputo, enfrenta uma situação de salas de aula superlotadas, com uma média de 80 alunos por turma, em comparação com o número habitual de 50.
Essa realidade é resultado da transferência dos estudantes da Escola Comunitária Graça Machel, que foi encerrada por falta de alvará.
Mais de 720 alunos provenientes da escola comunitária foram acolhidos na EPC, ocupando cinco das 11 salas disponíveis. Este ano letivo, a EPC matriculou um total de 2017 alunos.
O diretor da EPC da Ponta do Ouro, João Manuel, explicou que, este ano, a escola passou por obras de requalificação para poder oferecer ensino até ao 8.º ano, em conformidade com as reformas do Sistema Nacional de Educação, que ampliou a escolaridade obrigatória e básica até ao 9.º ano. No entanto, com o aumento do número de alunos, a direção teve que iniciar a construção de uma sala adicional para lidar com a situação, mesmo com recursos materiais limitados.
Um dos gestores da Escola Comunitária Graça Machel mencionou que agora três a quatro alunos são acomodados numa carteira que anteriormente era destinada a dois. Esta superlotação tem sido um desafio para os professores gerirem as turmas de forma eficaz.
O “Notícias” tentou entrar em contacto com o proprietário da escola comunitária para obter informações sobre o processo de regularização, mas até o momento não obteve resposta.