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Presidente do Zimbabwe apela ao reforço das medidas de combate ao HIV/SIDA em África

O estadista Zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, apela ao reforço de medidas mais arrojadas com vista a travar a propagação do HIV e de outras doenças infecciosas que continuam a causar morte de milhares de pessoas em África.

O governante falava na segunda-feira (04), em Harare, na abertura da 22ª Conferência Internacional sobre SIDA em África (ICASA), evento que contou com uma delegação chefiada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

Contudo, devido a sobreposição de agenda, o estadista moçambicano, que era convidado de honra, não proferiu o seu discurso na cerimónia de abertura.

“O Zimbabwe utilizará esta a conferência para aperfeiçoar e revigorar as respostas nacionais ao HIV/SIDA e de outras doenças infecciosas. Por isso, queremos apelar para adopção de medidas mais arrojadas para juntos acabarmos com esta doença”, disse Mnangagwa.

Referiu que o Zimbabwe vai continuar a adoptar uma abordagem multissectorial para  o HIV/SIDA, e sempre colocou as comunidades em primeiro lugar na luta contra o flagelo.

A conferência é parte integrante das celebrações do Dia Mundial de Luta Contra o HIV/SIDA, que se assinala no mundo inteiro a 01 de Dezembro.

A ICASA é uma das maiores conferências sobre o HIV/SIDA em África e é realizada de dois em dois anos e reúne vários parceiros e activistas comprometidos em acabar com a doença e mostrar as diferentes faces da epidemia em África.

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Assim, o objectivo do encontro, com duração de seis dias, é de acelerar a implementação de estratégias e intervenções destinadas a abordar, prevenir e eliminar a transmissão vertical e infecções infantis evitáveis em todo continente africano.

O evento realiza-se numa altura em que o continente africano continua a ser o mais afectado pela doença.

Dados do Instituto Nacional de Saúde (INS), referentes a 2022, indicam que prevalência de HIV entre adultos em Moçambique foi de 12,5 por cento, o que corresponde a aproximadamente a mais de dois milhões de adultos vivendo com HIV.

A prevalência de supressão da carga viral entre adultos vivendo com HIV em Moçambique foi de 64,1 por cento, sendo 67,1 por cento entre mulheres e 58,8 por cento entre homens.

Um em cada oito adultos em Moçambique vive com HIV, o que representa um desafio substancial para o sistema de saúde do país. Estes resultados demonstram a necessidade do fortalecimento da implementação de medidas de prevenção para reduzir o número de novas infecções.

De acordo com o Ministério da Saúde (MISAU), Pelo menos 48 mil pessoas morrem anualmente em Moçambique vítimas do HIV/SIDA e outras 97 mil são infectadas, segundo estimativas de 2022, e cerca de dois milhões de paciente e cerca de dois milhões de pessoas estão em tratamento anti-retroviral.