O ator Jonathan Majors foi considerado culpado de agressão e assédio à sua ex-namorada, após um julgamento de duas semanas que impactou a carreira do norte-americano escalado para papéis principais nos filmes do universo Marvel.
Num julgamento ocorrido em Manhattan, um júri declarou o ator, de 34 anos, culpado por agressão e assédio. Ainda assim, Majors foi absolvido da acusação de agressão e assédio agravado, noticiou a agência Associated Press (AP).
A leitura da sentença está agendada para 6 de fevereiro.
O incidente que deu origem a este processo entre o ator de “Creed III” e a sua namorada, Grace Jabbari, ocorreu numa noite de março e teve início no banco traseiro de um carro com motorista, continuando pelas ruas de Manhattan.
Jabbari, uma dançarina britânica de 30 anos, acusou Majors de um ataque dentro do veículo que a deixou com dores intensas. Alegou que o ator a atingiu na cabeça com a mão aberta, torceu-lhe o braço por trás das costas e fraturou o seu dedo médio.
Os advogados de Majors acusaram Jabbari de ser a agressora, alegando que a britânica ficou com ciúmes após ler uma mensagem no telemóvel do ator enviada por outra mulher.
Afirmaram ainda que Jabbari criou uma história fantasiosa para prejudicar a carreira do ator, que apenas tentava recuperar o seu telefone e fugir para um local seguro.
Este veredito foi um golpe significativo para Majors, que estava prestes a ascender ao estrelato em Hollywood até à sua detenção em março. Isso colocou a sua carreira em pausa, já que estava destinado a liderar a próxima fase do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), como o supervilão “Kang, o Conquistador”.
Ao longo do julgamento, Majors foi acusado de ter um “padrão cruel e manipulador” de abuso. Os procuradores partilharam mensagens que indicavam o ator a pedir a Jabbari que evitasse procurar tratamento hospitalar para uma lesão na cabeça.
Uma das mensagens alertava: “Isso pode levar a uma investigação, mesmo que mintas e eles suspeitem de algo”.
Os advogados de Majors argumentaram que Jabbari gravou o namorado premeditadamente como parte de um plano para prejudicar a carreira do ator.
Nas suas declarações finais, a procuradora Kelli Galaway enfatizou que Majors estava a seguir um padrão comum de abusadores, revertendo a narrativa e retratando as vítimas como agressoras.
